sábado, 30 de abril de 2011

Dizem que os amigos.....

a gente pode escolher. Comigo não foi bem assim. Ou melhor, com a gente. Sabe quando um cachorrinho te segue da rua até em casa, então você sabe que é hora de adotá-lo? Assim como um pressentimento dos dois, uma forma conjunta de amor a primeira vista. Amor sem paixão, amizade pura, doce e sincera. Desde então, estes estarão juntos e, com o passar do tempo, saberão lidar com as manias, as incertezas, as grosserias e até mesmo as faltas de assunto um do outro. Saberão rir e fazer rir. Saberão chorar e calar o choro. Saberão cuidar e ser cuidados, mas apesar de tudo, saberão estar juntos, mesmo quando estiverem longe.
São esses amigos, que nós nem mesmo escolhemos. Eles simplesmente estão ali, e quando nos damos por conta, eles fazem parte da nossa vida, da nossa rotina, sabem o que você vai dizer antes mesmo que gesticule, antes mesmo que pense em pronunciar as primeiras sílabas. São esses os poucos, amigos fiéis, que por incrível que possa parecer te amam verdadeiramente apesar de conhecer o seu mais íntimo. Aquilo que você tenta esconder até de você mesmo, porque acha patético, é isso que seu amigo achará peculiarmente ainda mais especial, mesmo que o irrite às vezes. Como por exemplo, a sua voz cantarolando aquelas mesmas músicas que parecem mais surradas na sua voz. Acredite ou não, isso é possível.
Acontece que com muito tempo de convivência, aquela doçura e intimidade se misturam, então formam uma harmonia perfeita, que faz com que um grito, ainda pareça engraçado, e um gesto a mais, ou a menos, pareça sempre tão previsível. Eu sei que, nem todos têm essa sorte, nem todos têm essa cumplicidade, e muito menos essa certeza, essa devoção, mas ao encontrar, não deixe escapar, e não deixe de saber que não haverá nenhum outro momento como esse. Não deixe de ter certeza de que você tem um grande amigo.

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